quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Ações rápidas minimizam as consequências do desabamento na Granja Vianna



Uma ação rápida e integrada das secretarias municipais de Cotia minimizou as consequências do desabamento de parte da Estrada Velha de Cotia, ocorrida no final da tarde dessa quarta-feira (6).

Tudo começou quando por volta de 16 horas um funcionário do hipermercado Assai entrou em contato com a Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (SETTRANS) relatando que haviam aparecido fissuras no talude que circunda a área do estabelecimento. Simultaneamente, um munícipe ligou para o 199 (Emergência da Defesa Civil) informando que a rua estava com trincas no asfalto.

A Defesa Civil, secretaria de trânsito e secretaria de obras foram para o local, onde verificaram que a rua deveria ser imediatamente isolada, pois havia água brotando do asfalto. Constatado o vazamento, foi solicitado à Sabesp a interrupção no fornecimento de água no local. Logo após o fechamento da água, ouviu-se um estrondo e o asfalto cedeu, encostando na parede do supermercado Assai.

Nesse momento houve um suposto princípio de incêndio, o qual o coordenador da Defesa Civil, José Rafael, nos explicou se tratar na realidade de um "choque térmico" devido o contato da terra molhada com a parede do setor de padaria do supermercado, que estava funcionando no momento do desabamento.


O coordenador da Defesa Civil, josé Rafael, solicitou o desligamento do GLP (gás), da rede elétrica e do sistema de combate a incêndio (rede de splinker pressurizada - chuveiro automático).


O Secretário de Habitação, José Lopes Filho, por precaução, solicitou a desocupação da empresa TecnoStamp, empresa que está no alto do talude localizado na parte da rua interditada.


O local foi todo isolado pelos agentes do Demutran e da Defesa Civil, e com o apoio dos funcionários da Secretaria de Obras e sob orientação do engenheiro Rafael Strecht Ribeiro, foram colocados obstáculos de concreto nas duas pontas da rua, impedindo o trânsito local.


Segundo a Defesa Civil, existem duas hipóteses para a causa do desabamento: ou o peso dos caminhões causou o rompimento imediato da adutora da SABESP, ou esse mesmo peso fez com que o asfalto cedesse e a tubulação fosse automaticamente rompida, provocando o deslizamento de terra. O incidente causou corte no abastecimento de água da região e interdição do prédio do Assai.


Segundo José Rafael, no momento do deslizamento, havia cerca de 100 pessoas dentro do supermercado fazendo compras, fora os funcionários. Os profissionais envolvidos não alarmaram os clientes e esperaram que todos saíssem, impedindo apenas a entrada de novos clientes no local, e interditando o supermercado.

"Foi feito o monitoramento do local, até que toda parte do asfalto "selasse" e deixasse o local em situação estável", disse José Rafael, da Defesa Civil.



Reunião

Na manhã desta quinta-feira (7), aconteceu uma reunião, com a presença dos secretários Claudio Olores (Transportes e Trânsito), Antonio Melo (Obras) e José Lopes (Habitação) juntamente com o coordenador da Defesa Civil e engenheiros da prefeitura. A reunião aconteceu no páteo do supermercado e contou com representantes do Assai e técnicos da SABESP, a fim de discutir as ações a serem tomadas para solucionar o problema.

O superintendente da Unidade de Negócios Oeste da SABESP, engenheiro Milton de Oliveira, informou que a SABESP tomará algumas medidas para evitar novos desmoronamentos e fará uma vistoria técnica para avaliar a real causa do problema.

Durante a reunião, ficou decidido que a SABESP adotará algumas medidas emergenciais, como a construção de uma barreira de concreto na estrada do Capuava para desviar o curso das águas das chuvas (a fim de evitar que as águas caiam na cratera) e serão feitas obras para aliviar o talude do Assai.

Durante a tarde de hoje monitoramos o trabalho da Defesa Civil no local, que fez o balizamento das trincas para verificar possíveis movimentações de terra.


Agora à noite, já havia sido retirada toda a carga de peso do asfalto que cedeu, e a tubulação rompida foi localizada e retirada. O buraco já está com 250 m2 de abertura.

O atacadista Assai ficará interditado até que os técnicos da prefeitura tenham a certeza de que o prédio não oferece risco para as pessoas. Na porta, um aviso informa os clientes, dizendo que o Assai abrirá "tão logo tenham segurança para os funcionários e clientes".



Os secretários Antonio Melo (Obras) e José Lopes (Habitação) protocolaram pedido ao prefeito para criação de comissão para averiguar causas, danos e prejuízos que o incidente acarretou para a municipalidade. O prefeito deverá nomear comissão formada por técnicos das Secretarias envolvidas, a qual deverá apresentar suas conclusões em 60 dias.

Fau Barbosa

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