Granja Viana, Cotia.
CRÔNICA DE UMA GRANJA VIANA QUE SE PERDEU...
Já foi bom morar aqui...
Essa é minha dedução depois de 22 anos morando num lugar lindo, bucólico, cheio de qualidade de vida, com uma fauna maravilhosa ao meu redor. Quando vim prá cá, saindo da Vila Mariana, meus amigos diziam que eu não ia me acostumar num lugar tão calmo, já que era uma pessoa plugada na cidade grande. Estavam enganados, morando aqui há apenas dois dias, eu já nem me lembrava mais do que era viver em São Paulo, me apaixonei pelo lugar, pela falta de luz na rua, pelas caminhadas tranquilas, pelas corujinhas e saruês... Continuei trabalhando em SP por seis meses, até que resolvi desmamar de vez da minha cidade natal.
A Granja foi onde meus filhos cresceram e se formaram, onde a caçula nasceu, onde fiz muitos amigos.
Hoje, 22 anos depois, sinto saudade de viver em um lugar seguro e tranquilo.
Tudo isso que eu amava aqui foi literalmente pro espaço!
Hoje a Granja Viana é um lugar inseguro, repleto de assaltos e sequestros a qualquer hora do dia, inclusive em lugares movimentados como a Avenida São Camilo. Não aguento mais os desmatamentos, as queimadas, o trânsito insuportável no miolo da Granja, nas ruas de acesso, na Raposo.
Infelizmente, a explosão imobiliária e o crescimento sem nenhum planejamento, tem feito vítimas locais e vai fazer o mesmo com quem tá comprando casa ou apto aqui.
Crescer é uma coisa. Só pensar no $$$ é outra.
Qualidade de Vida é muito mais do que estamos vivendo e tendo por aqui.
Prá quem tá chegando, só posso dizer uma coisa: Boa sorte!
E fica a dica prá quem tá pensando em vir morar aqui: não adianta vir passear no fim de semana. Antes venha conhecer de perto todo esse caos e se informar sobre a falta de segurança que vivemos, com roubos e sequestros relâmpagos a toda hora do dia. #Sóacho.
Nem com Chapolin Colorado viu...( E quero ver se alguém vai me desmentir kkk)
Pra quem não sabe, o Blog da Fau foi criado em julho de 2006, quando assisti de camarote o corte de vários eucaliptos no terreno em frente ao meu condomínio.
Na época, me disseram que o corte aconteceu (PASMEM!) porque as folhas das árvores, com o vento, atravessavam a rua e entupiam as calhas de um escritório que havia ali. Indignada, eu passei a escrever sobre isso e sobre tudo o que acontecia na Granja (aqui no blog vocês podem ler todo o histórico desde então).
