SOS CÓRREGO POSCIUM !!!
Testemunha da falta de planejamento ambiental e da ausência de fiscalização, o Córrego Poscium, que corta a Granja Viana, vive hoje uma situação alarmante.
A importância da água para a vida terrestre é inegável. Não há ser vivo sobre a face da Terra que possa prescindir de sua existência e sobreviver. Ela é fundamental no abastecimento público e industrial, na irrigação agrícola, na produção de energia elétrica e na preservação da vida. As águas urbanas brasileiras têm sido tradicionalmente usadas para atender o abastecimento público. Entendidas como um recurso natural, elas são armazenadas, utilizadas e descartadas no curso d’água mais próximo. Esse erro de avaliar a água como mercadoria, e não como um ecossistema, criou um quadro impactante de difícil (mas não impossível) reabilitação.
O desenvolvimento as cidades nas últimas décadas sem um correto planejamento ambiental resultou em grandes prejuízos para a sociedade, notadamente nas regiões metropolitanas. Cresceram a poluição doméstica e industrial e a contaminação de rios, mananciais e águas subterrâneas. E isso não poderia ser diferente na zona oeste da região metropolitana de São Paulo, uma das que mais crescem nos últimos anos. Áreas de mananciais, margens de rios, encostas de morros foram ocupadas (regular ou irregularmente) resultando em impactos severos sobre os corpos d’água. Apesar de insistentes denúncias, os desastres reais são cada vez mais recorrentes.
Testemunha dessa falta de planejamento ambiental e da ausência de fiscalização, o Córrego Poscium, que corta a Granja Viana, vive hoje uma situação alarmante. Da sua nascente à foz recebe todo tipo de agressão: despejo de esgoto químico e doméstico, desmatamento de suas margens, ocupações irregulares, movimentação de terra, canalizações, lançamento de lixo, descaso e abandono, contrariando o Código Florestal e a Constituição do Estado de São Paulo (veja quadro ao lado).
Essas agressões causam a morte lenta e agonizante do ecossistema, além de ser responsáveis por enchentes, deslizamento de terra e perda do leito do rio. O arquiteto José Roberto Baraúna integrante do CREA-Cotia e da AETEC comenta que recentes obras na região têm causado aprensão entre moradores e entidades. Segundo ele, no km 23, sentido São Paulo, o Wal-Mart, o condomínio Vertentes da Granja, com 120 lotes e um possível shopping center, jogarão suas águas no Córrego Poscium, ali canalizado. Do outro lado da Raposo, as ruas do tradicional bairro Chácara Viana estão recebendo cerca de 2 quilômetros de asfalto, dando mais velocidade às águas pluviais.E bem no centrinho da Granja, o Supermercado Serrano construiu uma ponte sobre o córrego (veja quadro ao lado) para aumentar sua área de carga e descarga e estacionamento. Todas essas obras ocasionam um crescimento considerável no volume e no fluxo da água do rio, que, sem área de impermeabilização, não tem para onde mandar o excesso de água.
ONDE FICA?
Nasce nas imediações do Parque Cemucam, desce paralelamente à Rua João Paulo Ablas, corta a Raposo Tavares na altura do km 23, segue acompanhando a Rua José Félix de Oliveira até o Supermercado Serrano, onde faz uma curva à esquerda e corre em direção ao Rio Cotia, onde deságua, cortando a Rua Roma, passando pelos fundos do Pequeno Cotolengo Dom Orione e dos condomínios Granja Viana II e São Paulo II.
Quando chegarem as chuvas de verão, qualquer galho, saco de lixo ou garrafa PET no caminho pode interromper seu trajeto, resultando em alagamentos imensos, bem maiores que os ocorridos em anos anteriores, que deixaram o supermercado e a Rua José Félix de Oliveira debaixo d’água (e água suja e poluída)...Poluição, sujeira, alagamentos e morte do rio, tudo pode ser evitado. Estudos mostram que os impactos sofridos pelo Córrego Poscium ainda são possíveis de controle cuja solução depende de uma boa prevenção que integre obras, fiscalização e educação. É uma questão de conscientização e mudança de hábitos, sobretudo direcionado às populações (residências, indústrias e comércios) das áreas mais próximas. Sem um trabalho de esclarecimento para evitar o lançamento de lixo e esgoto nos cursos d’água e para impedir qualquer construção, desmatamento ou movimentação de terra em suas margens, todo o investimento em obras de recuperação do nosso rio ficará comprometido.
MARGENS PRESERVADASOs artigos 2º e 3º do Código Florestal e o 197 da Constituição do estado de São Paulo consideram Áreas de Preservação Permanente (APP) as florestas e demais formas de vegetação natural situadas ao longo dos rios com largura mínima de 30 metros para os cursos d’água de menos de 10 metros de largura; de 50 metros para os cursos d’água que tenham de 10 a 50 metros de largura; de 100 metros para os cursos d’água que tenham de 50 a 200 metros de largura; de 200 metros para os cursos d’água que tenham de 200 a 600 metros; de 500 metros para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 metros.
E A TAL PONTE? CAI OU FICA?
Testemunha da falta de planejamento ambiental e da ausência de fiscalização, o Córrego Poscium, que corta a Granja Viana, vive hoje uma situação alarmante.
A importância da água para a vida terrestre é inegável. Não há ser vivo sobre a face da Terra que possa prescindir de sua existência e sobreviver. Ela é fundamental no abastecimento público e industrial, na irrigação agrícola, na produção de energia elétrica e na preservação da vida. As águas urbanas brasileiras têm sido tradicionalmente usadas para atender o abastecimento público. Entendidas como um recurso natural, elas são armazenadas, utilizadas e descartadas no curso d’água mais próximo. Esse erro de avaliar a água como mercadoria, e não como um ecossistema, criou um quadro impactante de difícil (mas não impossível) reabilitação.
O desenvolvimento as cidades nas últimas décadas sem um correto planejamento ambiental resultou em grandes prejuízos para a sociedade, notadamente nas regiões metropolitanas. Cresceram a poluição doméstica e industrial e a contaminação de rios, mananciais e águas subterrâneas. E isso não poderia ser diferente na zona oeste da região metropolitana de São Paulo, uma das que mais crescem nos últimos anos. Áreas de mananciais, margens de rios, encostas de morros foram ocupadas (regular ou irregularmente) resultando em impactos severos sobre os corpos d’água. Apesar de insistentes denúncias, os desastres reais são cada vez mais recorrentes.
Testemunha dessa falta de planejamento ambiental e da ausência de fiscalização, o Córrego Poscium, que corta a Granja Viana, vive hoje uma situação alarmante. Da sua nascente à foz recebe todo tipo de agressão: despejo de esgoto químico e doméstico, desmatamento de suas margens, ocupações irregulares, movimentação de terra, canalizações, lançamento de lixo, descaso e abandono, contrariando o Código Florestal e a Constituição do Estado de São Paulo (veja quadro ao lado).
Essas agressões causam a morte lenta e agonizante do ecossistema, além de ser responsáveis por enchentes, deslizamento de terra e perda do leito do rio. O arquiteto José Roberto Baraúna integrante do CREA-Cotia e da AETEC comenta que recentes obras na região têm causado aprensão entre moradores e entidades. Segundo ele, no km 23, sentido São Paulo, o Wal-Mart, o condomínio Vertentes da Granja, com 120 lotes e um possível shopping center, jogarão suas águas no Córrego Poscium, ali canalizado. Do outro lado da Raposo, as ruas do tradicional bairro Chácara Viana estão recebendo cerca de 2 quilômetros de asfalto, dando mais velocidade às águas pluviais.E bem no centrinho da Granja, o Supermercado Serrano construiu uma ponte sobre o córrego (veja quadro ao lado) para aumentar sua área de carga e descarga e estacionamento. Todas essas obras ocasionam um crescimento considerável no volume e no fluxo da água do rio, que, sem área de impermeabilização, não tem para onde mandar o excesso de água.
ONDE FICA?
Nasce nas imediações do Parque Cemucam, desce paralelamente à Rua João Paulo Ablas, corta a Raposo Tavares na altura do km 23, segue acompanhando a Rua José Félix de Oliveira até o Supermercado Serrano, onde faz uma curva à esquerda e corre em direção ao Rio Cotia, onde deságua, cortando a Rua Roma, passando pelos fundos do Pequeno Cotolengo Dom Orione e dos condomínios Granja Viana II e São Paulo II.
Quando chegarem as chuvas de verão, qualquer galho, saco de lixo ou garrafa PET no caminho pode interromper seu trajeto, resultando em alagamentos imensos, bem maiores que os ocorridos em anos anteriores, que deixaram o supermercado e a Rua José Félix de Oliveira debaixo d’água (e água suja e poluída)...Poluição, sujeira, alagamentos e morte do rio, tudo pode ser evitado. Estudos mostram que os impactos sofridos pelo Córrego Poscium ainda são possíveis de controle cuja solução depende de uma boa prevenção que integre obras, fiscalização e educação. É uma questão de conscientização e mudança de hábitos, sobretudo direcionado às populações (residências, indústrias e comércios) das áreas mais próximas. Sem um trabalho de esclarecimento para evitar o lançamento de lixo e esgoto nos cursos d’água e para impedir qualquer construção, desmatamento ou movimentação de terra em suas margens, todo o investimento em obras de recuperação do nosso rio ficará comprometido.
MARGENS PRESERVADASOs artigos 2º e 3º do Código Florestal e o 197 da Constituição do estado de São Paulo consideram Áreas de Preservação Permanente (APP) as florestas e demais formas de vegetação natural situadas ao longo dos rios com largura mínima de 30 metros para os cursos d’água de menos de 10 metros de largura; de 50 metros para os cursos d’água que tenham de 10 a 50 metros de largura; de 100 metros para os cursos d’água que tenham de 50 a 200 metros de largura; de 200 metros para os cursos d’água que tenham de 200 a 600 metros; de 500 metros para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 metros.
E A TAL PONTE? CAI OU FICA?
(Revista Circuito Online)
A cara de pau do supermercado é admirável.
Eles querem que a Prefeitura de Cotia pague os prejuízos de uma enchente. No final nós pagaríamos.A enchente ocorreu porque o supermercado fez um túnel sobre o córrego e esse túnel represa a água. Uma piada, os caras fazem a burrada e querem receber por isso.
O supermercado está avançando sobre o córrego há mais de vinte anos.
Agora completou o avanço com a construção de mais um túnel e está utilizando a residência da Rua Nova Amazonas, 80. Qualquer um pode ver isso, puseram até placa na Rua Nova Amazonas indicando a entrada do estacionamento. Fizeram uma baia de descarga de caminhões na Rua Nova Amazonas e descarregam alimentos e dispõem do lixo pela entrada da residência.
A prefeitura pode multar os caminhões, o departamento de trânsito está avisado.
É um absurdo o supermercado usufruir de serviços públicos mesmo ao arrepeio da lei.
A prefeitura pode recusar a recolher o lixo.É só querer.
domingo, 09 setembro, 2007 20:08
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