segunda-feira, 12 de novembro de 2007

PARQUE TIZO

PARQUE TIZO
Plano Diretor do Parque Tizo é concluído após discussões com a comunidade

O Departamento de Projetos da Paisagem - DPP, da Secretaria do Meio Ambiente – SMA, apresentou à comunidade do entorno do Parque Tizo, na última quinta-feira, 8, na sede da Secretaria, o Plano Diretor do parque.
O projeto do Plano Diretor foi definido num processo participativo e elaborado por técnicos da SMA em conjunto com profissionais voluntários, representantes das comunidades e estudantes. O Parque Tizo, localizado na altura do km 19 da Rodovia Raposo Tavares, abrange cinco municípios - São Paulo, Osasco, Cotia, Taboão da Serra e Embu, numa área com um milhão de metros quadrados de floresta, só perdendo em extensão para os Parques do Ibirapuera e do Carmo.
“Foi uma experiência enriquecedora, em especial nesse aspecto de consulta à população. Essa pesquisa confirmou a vocação do parque, para a proteção da Mata Atlântica e das nascentes, contemplando o uso público para lazer, cultura, recreação, educação e pesquisa, respeitando sua capacidade de suporte”, comentou Ana Lucia Burjato, do DPP, ao apresentar o Plano Diretor.
Na apresentação, o público pôde conhecer o trabalho intitulado “Parque Tizo – Proposta de Melhoria da Saúde Integral”, apresentado em Buenos Aires, durante o VII Congresso Internacional de Stress Traumático, em julho de 2007, por Luiz Antonio Torres da Silva, engenheiro agrônomo, Hercio Akimoto, geólogo e Rene Costa, biólogo.
Neste trabalho, os profissionais consideram que a exclusão social deixa parcela da população vulnerável e em situação de risco, principalmente as crianças, jovens e idosos.
Consideram, também, que este é um problema estrutural do modelo de sociedade que promove a exclusão e que bons programas podem amenizar ou sanar alguns problemas decorrentes desta exclusão. Ao implementar programas nas áreas de saúde, educação, trabalho, lazer e cultura, é possível integrar os excluídos.
A criação do Parque Tizo contempla esta possibilidade, avaliam os técnicos. A experiência adquirida a partir da movimentação da comunidade, decorrente da transformação da área da Fazenda Tizo, em parque, demonstra um incrível potencial de reverter o processo de degradação gerado pela explosão urbana da cidade, a partir de um indutor que leve a população a desejar a preservação.Neste caso, o indutor foi a possibilidade de ter, numa região carente, a opção de lazer, cultura, educação e pesquisa.
Esses benefícios induziram a população a lutar pela preservação, demonstrando que é possível mudar a configuração paisagística da cidade e irradiar a discussão sobre o seu processo de urbanização.“A criação do Parque Tizo tem grande potencial de requalificação social e ambiental para a região. A população até então excluída, que explorava a mata tirando madeira e caçando, hoje age como fiscal” afirmou Costa.
“O processo participativo de gestão está sendo uma grande sala de aula. A proposta do Plano Diretor foi consensual, obtida por meio de um fórum de discussão e esta é uma oportunidade única”, destacou Ana Lucia.
“As crianças e jovens se transformaram em protagonistas do processo, foi muito enriquecedor reunir comunidades tão diferentes e ver toda essa diversidade discutindo junto o destino da área” concluiu.

(Cotiatododia)

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