Amigos...
sou uma apaixonada pela escrita...por poemas, por poesias...e tudo que me remeta ao encanto das letras...
Hoje, passeando pela Granja...comecei a prestar atenção nas nossas áreas verdes...no gorjeio dos pássaros...quanto verde ainda temos apesar das clareiras que vem se abrindo...
Não pude, então, deixar de fazer analogia à um poema remoto, conhecido da maioria, que com carinho divido com vocês...
Ele retrata mesmo uma "Canção do Exílio", a mesma canção/sensação que cada um teve quando procurou este lugar para viver...
Leiam e repensem a Granja Vianna!
"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá."
Gonçalves Dias,
que deve ter conhecido a Granja de outrora, para descrever tão bem o nosso cantinho...antes dessa louca invasão desordenada de condomínios!
Um beijo...
Fau
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