Enquanto o PT faz barulho para festejar a candidatura de Dilma Rousseff ao Planalto, os tucanos do PSDB continuam de bico calado. O partido segue o voto de silêncio imposto pelo governador de São Paulo, José Serra, que resiste a admitir publicamente o que todos já sabem: será ele o candidato da oposição à Presidência da República. Líder em todas as pesquisas, Serra avalia que não teria nada a ganhar ao oficializar agora sua posição de candidato. Para ele, a antecipação só interessa a quem está atrás na corrida – no caso, o PT. Serra continua determinado a se lançar candidato apenas no fim de março, quando será obrigado a renunciar ao cargo de governador para poder disputar as eleições de outubro. É o que ele chama de “estratégia nervos de aço”: seguir a rota traçada sem se abalar com a movimentação do PT. A frieza do governador, no entanto, deixa à beira do infarto a maior parte de seus aliados. Eles gostariam de botar o bloco na rua o mais rápido possível para se contrapor à campanha petista, que vai ganhando corpo. “É preciso começar a definir nosso caminho com alguma urgência. Temos de estabelecer os pontos centrais de nossa proposta de governo e como será nossa comunicação. Mas é evidente que a estratégia do partido não pode avançar além da estratégia do candidato”, admite o presidente do PSDB, o senador Sérgio Guerra.
Sem formalizar a candidatura, Serra aproveita todo o tempo livre para articular os palanques estaduais que darão sustentação às suas pretensões eleitorais. Neste mês, ele conversou, pessoalmente ou por telefone, com aliados em sete estados: Bahia, Mato Grosso, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí e Rio de Janeiro. Ter candidatos competitivos nos estados é crucial para viabilizar nacionalmente qualquer candidatura. Na maioria deles, as conversas se encaminham para alianças com representantes do DEM, que será o principal aliado dos tucanos nas eleições. Uma situação ainda indefinida, que pode se tornar um enorme trunfo para Serra, é a do Paraná. Lá, há três candidatos com chance de ganhar: o prefeito de Curitiba, Beto Richa, e os irmãos senadores Alvaro e Osmar Dias. Como tem bom relacionamento com todos, Serra sonha uni-los em uma chapa única. Com os três ao seu lado, o paulista prevê uma vitória arrasadora sobre Dilma num estado que conta com 7 milhões de eleitores. Para Serra, amarrar palanques como esse é bem mais essencial agora do que bater bumbo em torno de sua candidatura.
O Brasil olhando pra frente. Serra Presidente! - João Miras.
Enquanto o PT faz barulho para festejar a candidatura de Dilma Rousseff ao Planalto, os tucanos do PSDB continuam de bico calado. O partido segue o voto de silêncio imposto pelo governador de São Paulo, José Serra, que resiste a admitir publicamente o que todos já sabem: será ele o candidato da oposição à Presidência da República. Líder em todas as pesquisas, Serra avalia que não teria nada a ganhar ao oficializar agora sua posição de candidato. Para ele, a antecipação só interessa a quem está atrás na corrida – no caso, o PT. Serra continua determinado a se lançar candidato apenas no fim de março, quando será obrigado a renunciar ao cargo de governador para poder disputar as eleições de outubro. É o que ele chama de “estratégia nervos de aço”: seguir a rota traçada sem se abalar com a movimentação do PT. A frieza do governador, no entanto, deixa à beira do infarto a maior parte de seus aliados. Eles gostariam de botar o bloco na rua o mais rápido possível para se contrapor à campanha petista, que vai ganhando corpo. “É preciso começar a definir nosso caminho com alguma urgência. Temos de estabelecer os pontos centrais de nossa proposta de governo e como será nossa comunicação. Mas é evidente que a estratégia do partido não pode avançar além da estratégia do candidato”, admite o presidente do PSDB, o senador Sérgio Guerra.
Sem formalizar a candidatura, Serra aproveita todo o tempo livre para articular os palanques estaduais que darão sustentação às suas pretensões eleitorais. Neste mês, ele conversou, pessoalmente ou por telefone, com aliados em sete estados: Bahia, Mato Grosso, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí e Rio de Janeiro. Ter candidatos competitivos nos estados é crucial para viabilizar nacionalmente qualquer candidatura. Na maioria deles, as conversas se encaminham para alianças com representantes do DEM, que será o principal aliado dos tucanos nas eleições. Uma situação ainda indefinida, que pode se tornar um enorme trunfo para Serra, é a do Paraná. Lá, há três candidatos com chance de ganhar: o prefeito de Curitiba, Beto Richa, e os irmãos senadores Alvaro e Osmar Dias. Como tem bom relacionamento com todos, Serra sonha uni-los em uma chapa única. Com os três ao seu lado, o paulista prevê uma vitória arrasadora sobre Dilma num estado que conta com 7 milhões de eleitores. Para Serra, amarrar palanques como esse é bem mais essencial agora do que bater bumbo em torno de sua candidatura.
O Brasil olhando pra frente. Serra Presidente! - João Miras.